O figo está entre as vinte principais frutas exportadas pelo Brasil e vem mantendo a terceira posição no ranking de volume comercializado, entre as frutas de clima temperado. 

Trata-se de umas das primeiras plantas cultivadas pelo homem. O figo comestível é o fruto da figueira-comum e foi descrito em inúmeros documentos na Antiguidade.

Originário da bacia do Mediterrâneo de onde muito cedo foi levada para outros países bem distantes, é certamente tão antigo que se perde na noite dos tempos; registra-se entre o homem das habitações lacustres da Idade da Pedra e emaranha-se na mitologia grega. 

No Brasil, é cultivado principalmente no Sul e nos planaltos do Sudeste. Com irrigação, pode ainda ser cultivado nas serras e planaltos do Nordeste. O plantio de figo no País totaliza uma área de 2.200 hectares entre todas as variedades, para mesa e indústria.

São Paulo é o maior produtor nacional de figo de mesa, enquanto o Rio Grande do Sul lidera na produção da fruta para a indústria Em São Paulo destacam-se as regiões compreendidas entre Campinas, Itatiba, Valinhos e Jundiaí, e Mogi das Cruzes.

A variedade mais plantada no País é a Roxo, em Valinhos, município do interior de São Paulo onde a produção de figos é bastante antiga e volumosa. Entre as principais características dessa variedade de figueira está a sua rusticidade que, acrescida do vigor e da boa produtividade que apresenta, faz do figo uma cultura sustentável e de grande interesse. Na produção, são empregadas as melhores práticas agrícolas e toda a produção exportada é certificada por empresas internacionais.

A colheita e pós-colheita são realizadas com extremo cuidado, evitando-se danos físicos aos frutos. Os frutos são retirados manualmente das árvores, um a um, com todo o pedúnculo e colocados em caixas feitas com materiais sustentáveis. 

As exportações de figo fresco têm origem também na mesma região de São Paulo e o modal logístico utilizado é o aéreo já que a fruta é bastante delicada e perecível e não suportaria um transporte por um modal de maior tempo de trânsito. União Europeia e Canadá são os principais destinos do figo brasileiro.

Para atender mercados extremamente exigentes, como do Canadá e dos países europeus, os exportadores brasileiros estão priorizando a qualidade em relação à quantidade e adotam sempre as novas tecnologias que privilegiam os pontos críticos da sustentabilidade.