Mercosul e EFTA: Como ficam as frutas brasileiras após os acordos com a Europa
O Mercosul e a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), composta por Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça, assinaram um acordo comercial no mês passado que vai abrir novas oportunidades em diversos setores da economia. Entre os principais, está o da fruticultura. O Brasil é um dos países que será beneficiado com o acordo, já que as frutas brasileiras são as mais cobiçadas no mercado internacional.
Estimativas apontam que o acordo pode gerar impacto positivo de R$ 2,69 bilhões no Produto Interno Bruto brasileiro, aumento de R$ 660 milhões em investimentos e expansão de R$ 3,34 bilhões em exportações até 2044.
O documento do acordo afirma que, para facilitar o comércio agropecuário, fica estabelecido o “prelisting”, um sistema que estabelece um reconhecimento prévio do sistema de inspeção sanitária do Brasil. Ou seja, os produtos poderão ser exportados com maior facilidade e menos burocracia.
Segundo o gerente técnico do Frutas do Brasil, Jorge de Sousa, o Brasil ainda tem baixa penetração nos mercados dos países que compõem o EFTA, mas há possibilidade de melhora na relação após o acordo entrar em vigor.
Os países do Mercosul também aguardam o avanço do acordo com a União Europeia para iniciar uma nova era no comércio. De acordo com uma simulação do Governo brasileiro, o PIB do país pode crescer 0,34% até 2044, o que representa cerca de R$ 37 bilhões. Além disso, é esperado um aumento de 0,76% nos investimentos.
Anteriormente neste ano, o Frutas do Brasil já havia mostrado as previsões desse acordo com a UE para o futuro da fruticultura. A estimativa é que o faturamento do setor aumente 40% nos próximos anos e alcance a cifra de US$ 1,8 bilhão até 2029.