Estudantes brasileiros desenvolvem biofilme para proteger frutas e legumes
Jovens cientistas do Colégio Estadual Professor Carlos Valadares, em Santa Bárbara, na Bahia, desenvolveram um biofilme para proteger frutas e legumes a partir de amido de milho, batata e mandioca. A inovação acontece em meio aos dados recentes de desperdício de alimentos em todo o mundo. Segundo a ONU, mais de 1 bilhão de toneladas foram geradas em 2022. Desse total, 60% aconteceram no âmbito doméstico. Alana Souza, estudante envolvida no projeto, afirma que o produto é uma película fina e biodegradável que cria uma camada de proteção sobre os alimentos e atua como uma embalagem ativa, ajudando a conservar por mais tempo, já que evita a ação de microrganismos. O amido de milho, a batata e a mandioca possuem amilose e a milopectina, que são composições responsáveis por formar géis firmes, viscosos e plastificantes. Segundo o cientista Wellington Santos, além de ser sustentável e não poluir o meio ambiente como o plástico comum, o produto ainda valoriza recursos presentes na região. Os testes devem começar em breve com a aplicação dos biofilmes como revestimento em bandejas ou diretamente em frutas, ou legumes. De acordo com a professora e engenheira de alimentos, Camila Bonfim, nessa etapa a equipe vai estudar o comportamento do filme diante da estabilidade, conservação e contaminação microbiológica por fungos e bactérias. Ela afirma ainda que haverá análise da conservação ao longo do tempo.