24 de junho de 2022

Cantaloupe, Gália, Pele de Sapo, Orange, Matisse e Amarelo. Você sabe o que essas palavras têm em comum? Pode não parecer, mas são variedades de melão. No Brasil, o tipo mais conhecido é o amarelo, muito consumido in natura ou na forma de suco. Mas, como o brasileiro gosta de inovar, as sementes podem ser torradas e a casca utilizada em deliciosas receitas, como geleias.

O melão é uma excelente fonte de água (cerca de 80%) e de vitaminas e possui baixo valor calórico. Essa fruta doce e refrescante é de origem asiática e africana, mas se adaptou bem às condições climáticas do Brasil, principalmente da região Nordeste, em razão das altas temperaturas e da incidência de sol durante o ano todo.

De acordo com a Pesquisa Agrícola Municipal (PAM), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2020 o Brasil produziu mais de 613 mil toneladas de melão em uma área de 23 mil hectares, com produtividade média de 25 toneladas por hectare.

Do total produzido, o estado do Rio Grande do Norte foi responsável por mais de 375 mil toneladas, se destacando como o maior produtor de melão do país. Em seguida, aparece o estado do Ceará com 73 mil toneladas e a Bahia com 65 mil toneladas.

Dentre as diversas vantagens de cultivar o melão no Brasil, uma que se destaca é que a safra dos maiores produtores brasileiros de melão – o Rio Grande do Norte e do Ceará – coincide com a entressafra mundial. Na Europa, por exemplo, o melão é muito consumido no verão, entre os meses de junho e setembro, e é exatamente a época em que a produção no Brasil está no auge.

E por falar na Europa, você sabia que ela é a principal consumidora do melão brasileiro, representando grande relevância econômica para o país? De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o mercado europeu consome 94% das exportações da fruta brasileira, com destaque para Espanha, Reino Unido e países baixos.

Conforme dados do Agrostat/Mapa, o melão foi a fruta mais exportada pelo Brasil no primeiro trimestre de 2022, um total de 76,7 mil toneladas, aumento de 4% com relação ao mesmo período do ano passado, quando foram embarcadas 73,8 mil toneladas. Já a receita atingiu US$ 47 milhões nos três primeiros meses do ano.

Além de atender a alta demanda da União Europeia, com boa oferta de variedades de melão, o Brasil também exporta para a China, considerado o maior consumidor mundial da fruta. Desde 2017, o volume médio consumido pelos chineses é de 12 milhões de toneladas. Somente em 2020, o país asiático consumiu 12,4 milhões de toneladas de melão.

Após negociações, o mercado chinês foi aberto para o melão do Brasil no final de 2019, considerado um marco histórico para a fruticultura brasileira, já que foi a primeira fruta fresca brasileira enviada para a China. Além disso, o Brasil foi o primeiro país do mundo a exportar melão para o mercado chinês.

Em setembro de 2020, a China recebeu a primeira carga da fruta brasileira. Cerca de três toneladas e meia do melão Pele de Sapo, produzidas na região de Mossoró, no Rio Grande do Norte, desembarcaram no aeroporto de Xangai.

Seja para consumo interno ou externo, é fato que o melão produzido no Brasil é muito saboroso, fresquinho e de qualidade. Ficou com água na boca só de imaginar? Então além de comer o melão in natura, que tal aprender uma receita de doce para servir no café da manhã ou da tarde?

Ingredientes:

– 1 unidade de melão
– 100 gramas de açúcar
– 1 unidade de limão

Preparo:

Descasque o melão, retire as sementes e corte a polpa em pedaços. Em seguida, coloque em uma panela o açúcar e um pouco de água para fazer a calda do doce e leve ao fogo médio até ferver. Observe se o melão já não é muito doce e se necessário reduza a quantidade de açúcar.

Quando a água ferver, adicione o melão e algumas gotas de limão e deixe cozinhar em fogo baixo, mexendo até que o melão se desfaça e forme uma calda espessa. Prove para ajustar o açúcar e o limão. Guarde a geleia em um pote e aproveite!

Conheça os produtores exportadores de melão do Brasil – https://frutasdobrasil.org/pb/exportadores/