O Oriente Médio é considerado o berço da uva, começando a ser cultivada de 6 mil a 8 mil anos atrás, se tornando uma das mais antigas da história da alimentação humana.

No Brasil o cultivo da videira iniciou em 1535, na Capitania de São Vicente, trazida pelos portugueses. A imigração italiana em São Paulo na Região Sul do Brasil, no final do século XIX, deu um grande impulso à cultura.

Os Estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Bahia são os grandes produtores. Mas o polo mais importante de produção de uvas de mesa encontra-se na região semiárida do Nordeste Brasileiro, no Vale do Rio São Francisco, entre Pernambuco e Bahia.

Estima-se que a área plantada de uva no Brasil é de 76 mil hectares, e produzem 1,45 milhões de toneladas. Aproximadamente 500 mil toneladas de uvas finas de mesa são produzidas no Vale do Rio São Francisco. Esse volume abastece o mercado interno e as exportações que somaram, em 2020, 49.226 mil toneladas e um faturamento de 106 milhões de dólares americanos.

Basicamente produzida por pequenos e médios fruticultores e algumas poucas grandes fazendas, a produção brasileira de uvas finas de mesa, sem sementes, para exportação, é uma atividade de capital intensivo, alta tecnologia de produção, alto custo, mas que produz frutas de sabor exótico como o da variedade Vitória, muito doce, criando uma experiência fantástica para o consumidor.

Além da Vitória, existem mais de 15 variedades distribuídas entre frutas avermelhadas, negras e brancas, muitas delas produzidas e conhecidas internacionalmente, contudo, com o toque da tropicalidade do Brasil.

A produção da uva segue os mais rigorosos conceitos de segurança do alimento e sustentabilidade, e é certificada por empresas internacionais nestes quesitos. A pouca chuva na região, além de beneficiar a qualidade, é fator positivo para a sanidade das plantas, reduzindo significativamente o aparecimento de pragas e doenças e diminuindo a necessidade de tratamentos químicos.

Existe um programa de controle integrado de pragas para gerenciar as moscas das frutas, baseado em levantamento populacional com armadilhas, contribuindo para o meio ambiente local.

Além disso, a produção de uvas no semiárido brasileiro contribuiu para que o Índice de Desenvolvimento Humano da região, duplicasse em duas décadas, tornando-a uma das melhores em qualidade de vida de todo o Nordeste brasileiro. Emprega milhares de trabalhadores, contribui para a inclusão socioeconômica das famílias dos pequenos agricultores e promove o desenvolvimento regional. Existem inúmeras iniciativas fantásticas de proteção ao Rio São Francisco, entre elas a adoção de sistemas de irrigação que privilegiam a economia e bom uso da água.

Pequenas de tamanho, mas extremamente poderosas quando o assunto é nutrição. As uvas possuem as seguintes vantagens funcionais:

Ricas em antioxidantes: as substâncias são responsáveis por ‘’limpar’’ e proteger as nossas células dos chamados radicais livres, compostos potencialmente perigosos que podem danificar essas estruturas.

Resveratrol: um poderoso antioxidante que é encontrado na casca da fruta, quanto mais escura maior é a concentração desses compostos na uva.

Vitaminas em abundância: é possível encontrar a vitamina E, C, K e A. Além disso, a fruta contém diversos minerais como ferro, cálcio e potássio e uma quantidade significativa de fibras que podem garantir a você uma alimentação com alto teor nutritivo e isento de colesterol.

O consumo de uvas de mesa produzidas no Brasil é prazeroso, seguro e saudável, promove o bem-estar e a qualidade de vida e contribui para o desenvolvimento regional do País, especialmente o Nordeste Brasileiro.