Abacate
Após as descobertas do valor nutricional do abacate e a sua importância para a saúde, o fruto tem sido cada vez mais procurado pelos consumidores brasileiros e pelo mercado internacional. O Brasil é um dos maiores produtores de abacate do mundo.
O abacate, Persea americana Mill, originário do continente americano, foi intitulado inicialmente ahuacalt pelos Maias e Astecas e popularmente conhecido como palto ou palta pelos peruanos. Trata-se de uma frutífera subtropical de alto valor nutritivo e com características funcionais, tanto para a nutrição humana quanto para a produção de cosméticos.
Existem relatos da cultura do abacateiro no Brasil desde 1787, porém, a primeira introdução oficial deu-se em 1893, quando quatro árvores provenientes da Guiana Francesa, pertencentes à raça Antilhana, forneceram as primeiras sementes da espécie para o Brasil.
O México mantém a liderança na produção mundial de abacate, seguido por República Dominicana, Peru, Indonésia, Colômbia e Brasil.
Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), em 2020 o Brasil exportou 4,4 mil toneladas de abacate, representando 99,1% do total deste volume, destinado ao mercado europeu. Com produção mundial de 3,81 milhões de toneladas de abacate, o Brasil possui 10 mil hectares plantados e produção de 213 mil toneladas da fruta.
As maiores plantações comerciais estão no sudeste do Brasil, mas o clima do Nordeste também favorece a produção sustentável do abacate brasileiro. O abacate é cultivado em 15,3 mil hectares do território brasileiro. Nos últimos dez anos, o incremento foi de 19% em área e 34,1% em colheitas.
Segundo relatório da FAO, projeta-se que até 2030 o abacate, uma das safras mais importantes do mundo, terá crescido mais de três vezes o nível de 2010, chegando a 12 milhões de toneladas.
O Brasil está se tornando um grande player de abacate, não somente pelo abacate tropical, mas também pelo tipo Hass, conhecido como avocado. A área plantada da variedade Hass no Brasil representa boa parte do crescimento mencionado e o objetivo é o mercado internacional que ainda desconhece, em grande parte, as variedades tropicais. Contudo, os exportadores brasileiros acreditam que ambas podem conquistar consumidores em todo o mundo.