30 de maio de 2025

A jabuticaba, fruta nativa do Brasil, foi recentemente reconhecida internacionalmente ao ser eleita a 10ª melhor fruta do mundo pelo renomado portal gastronômico TasteAtlas. Com uma avaliação de 4,5 estrelas em um total de 5, a fruta se destaca pelo sabor único e benefícios nutricionais. Vale destacar que, em 2023, a jabuticaba já havia alcançado a segunda posição no mesmo ranking, ficando atrás apenas do mangostão, que também é produzido e exportado pelo Brasil.

A lista, que reúne os frutos mais apreciados em todos os continentes, coloca a jabuticaba ao lado de clássicos como o mangostão e o morango. Um feito para celebrar, mas também para refletir: por que demoramos tanto para olhar com orgulho para aquilo que sempre esteve no nosso quintal?

A jabuticaba é, literalmente, o Brasil que brota do tronco e alguns produtores já entenderam a força econômica desse fruto. Em Goiás, por exemplo, o município de Hidrolândia se tornou referência nacional, com 254 hectares cultivados e uma produção média de 6 mil toneladas por ano. No Distrito Federal, foram mais de 19 mil toneladas colhidas em 2023. 

Apesar de todos os méritos, a jabuticaba ainda enfrenta desafios significativos para se consolidar no mercado internacional, especialmente por conta de sua alta perecibilidade. A fruta tem uma vida útil extremamente curta após a colheita e pode se tornar imprópria para o consumo em poucos dias. Mas, tecnologias de conservação vêm sendo desenvolvidas para enfrentar esse obstáculo. 

Métodos como a refrigeração controlada, o uso de atmosferas modificadas e recobrimentos comestíveis que retardam o amadurecimento estão sendo aplicados com sucesso. Além disso, avanços na cadeia de distribuição, principalmente no nordeste do país, podem ajudar a escoar as frutas em tempo recorde e garantir o frescor e a qualidade das frutas brasileiras.